
Rio de Janeiro
A mesma rotina muitas vezes se torna cansativa (se não chata) e, por essa razão, seu correspondente – embora sempre relutante em deixar seu confortável sofá em casa, aqui em Copacabana – aceitou com prazer, na quinta-feira, o convite do maior cantor brasileiro, o imortal rei da música pop brasileira Roberto Carlos, para visitar seu navio transatlântico italiano, o Costa Pacifica.
Atracado na orla da Praça Mauá, no Rio de Janeiro, o Costa Pacifica é anunciado como um navio de “alta tecnologia, sofisticado e ecológico, com design de última geração”.
Ele tem quatorze deques e mede 290 metros de comprimento e 35,5 metros de largura.
Uma cabine inteira (por pessoa) para uma viagem de quatro dias e uma noite custa de 6.800 reais (1.184 dólares americanos) a 7.900 reais (1.376 dólares americanos), dependendo do local, e as gorjetas estão listadas em 1.212 reais (211 dólares americanos)

O Pacific Coast partiu de Santos em 12 de março, no litoral de São Paulo, navegando por um dia até desembarcar no Rio de Janeiro em 13 de março na famosa Praça Mauá, que o falecido compositor brasileiro Billy Blanco imortalizou como “uma praça com má reputação que atrai mulheres da noite e onde o visitante deve tomar cuidado”.
E assim, explicando a relutância deste velho velho amigo em visitar a famosa Praça Mauá.
Mas o espírito aventureiro que há em mim me levou ao navio pontualmente às 16h, ou seja, no último minuto para um visitante embarcar.

Acompanhado a bordo por um assessor do mais famoso cantor brasileiro ainda vivo, passei pelo teste de cães farejando minha bolsa em busca de possíveis drogas e guardas revistando a mim e a outros passageiros que embarcavam como se eu estivesse fazendo um cruzeiro musical de quatro dias e não uma visita noturna.
Ao embarcar pela terceira vez no cruzeiro musical de Roberto Carloses, fiquei agradavelmente surpreso com a amplitude, o luxo e o bom gosto dos conveses equipados com spas, piscinas, roletas, bares, pistas de dança, vários restaurantes de comida japonesa a italiana e, é claro, o grande salão de entretenimento, onde Roberto deu sua entrevista coletiva às 17 horas e depois cantou para seus fãs babões a bordo.

O que surpreendeu esse visitante – enraizado na chamada música clássica durante toda a sua vida – foram os inúmeros violinos e violoncelos pendurados nas paredes dos bares do navio e pintados até mesmo nos banheiros.
De fato, o Costa Pacifica era um navio musical e o título de Roberto “Alem do Horizonte”, ou “Beyond the Horizon”, um título apropriado para sua nova aventura de uma longa carreira como capitão de seu próprio navio no ano do mar musical neste momento.
É engraçado ou estranho(?) o que a idade faz com um observador… enquanto em duas visitas anteriores eu duvidava que seria capaz de enfrentar quatro dias por noite com Roberto Carlos, o Harold idoso não se importaria de ficar longe de tudo isso, nadando na piscina do navio, aproveitando o spa e a sauna, jantando na fina cozinha italiana e nas atividades do dia.

Um refresco completo da cansativa rotina diária.
Voltando ao assunto sobre o qual este observador foi convidado a escrever, na coletiva de imprensa ficamos sabendo que o romântico (na música e na vida) Roberto, 83 anos, está “intensamente envolvido em um novo romance com uma jovem não identificada (que, segundo informações, tem 27 anos)”.

Em segundo lugar, em resposta à minha pergunta, Roberto disse que está muito feliz pelo fato de o filme vencedor do Oscar “Ainda Estou Aqui” incluir em seu final a música que ele e o falecido Erasmo Carlos compuseram “É Preciso Dar Um Jeito” e que ele não ficou desanimado ou zangado pelo fato de a música não ter sido indicada ou ganhado um Oscar.

Quando lhe perguntaram por que ele se irritou (“Shut up”) recentemente quando um fã interrompeu seu show, o normalmente bem-humorado cantor admitiu: “É a minha idade… à medida que envelhecemos, começamos a nos tornar menos tolerantes e a observar as coisas que começam a nos irritar”.
No momento em que escrevo este texto, o “meu” navio, o Pacific Coast, está em algum lugar nos altos mares brasileiros, indo para terra firme amanhã, domingo, 16 de março, para Santos, São Paulo …. sem esse observador, mas sempre há esperança para o próximo ano!
